O prefeito Vander Massom tem uma ligação especial com o mundo dos mortos, filho de Saturnino Massom que não perdia nenhum velório na cidade, Vander nas eleições de 2020 herdou o apelido de candidato papa defunto pois para ele sempre há uma oportunidade de fazer politica em um velório.
Porem esta estratégia nem sempre deu certo chegando até a ser escorraçado de um velório por conta da família ter desconfiado de suas intenções e sua presença em um momento tão doloroso.
Não se sabe ao certo de quem teria partido a ideia de Jerico de profanar o tumulo de pioneiros que deram a sua vida pela cidade e após a sua morte não terão nem a possibilidade de ter paz em sua morada eterna.
Em nossa história recente todos os prefeitos de nossa região que ousaram profanar túmulos se viram envoltos a desgraças pessoais e politicas.
Causar a ira no mundo dos mortos parece ser muito mais perigoso que a própria politica.
Em todas as culturas ao redor do mundo cemitérios sempre foram locais sagrados, aonde se presta as ultimas homenagens aos antepassados, e qualquer forma de profanação é vista como uma atitude pagã ou até rituais satanistas que estão ligados a profanação de túmulos.
A visita ao túmulo é uma maneira de manifestar que se lembra do espírito ausente. É a representação da memória. É a imagem que por meio da prece, santifica o ato da lembrança.
Em uma lista denominada de “Edital de Comunicação e Chamamento Público 01/2021”, que está circulando nas redes sociais, aparecem os nomes de dezenas de pessoas que foram sepultadas no cemitério Jardim da Paz de Tangará da Serra. O Edital contém 37 páginas para o chamamento público.
Um lugar que é um patrimônio público e muitas vezes até histórico e cultural é constantemente atacado.
O tumulo representa o sentimento de continuidade da família, da cidade e da humanidade, se torne um espaço de medo e sacrilégio.
O documento veiculado no site da prefeitura municipal causou muita revolta e alvoroço nos grupos de WhatsApp que em sua maioria repudiaram o ato de profanação dos túmulos.
No documento, o prefeito Vander Masson, (PSDB), convoca os responsáveis pelos falecidos para que se apresentem e justifiquem o que considera “abandono de túmulos”.
No caso do não atendimento ao chamamento do Serviço Funerário, esses antigos túmulos, jazigos e sepulturas serão utilizados para enterrar vítimas da covid-19.
Na lista divulgada pela prefeitura aparecem nomes de pioneiros da cidade de Tangará da Serra.
Em uma nota a prefeitura de Tangará da Serra esclareceu a ação, confira na íntegra:
ESCLARECIMENTO
Sobre o edital de comunicação e chamamento público 001/2021, que procedeu com a notificação e chamamento de responsáveis por sepulturas/carneiras/jazigos/túmulos abandonados e/ou em estado de abandono, sem identificação e sem a visitação de familiares ou terceiros, no Cemitério Municipal “Jardim da Paz”, em Tangará da Serra, é importante esclarecer que:
Considerando a constatação de sepulturas que estão há muitos anos em completo abandono, em ruína, sem visitação e sem conservação por familiares e/ou terceiros interessados;
Considerando que o Município necessita de mais espaço para serem utilizados ao fim a que se destina;
Considerando o estado de calamidade pública decorrente da pandemia de COVID-19;
Considerando que muitas sepulturas estão sem identificação, numeração ou mesmo o nome do sepultado, o que impossibilita até mesmo que seja feita a notificação da família;
Considerando a escassez de espaço físico para futuros sepultamentos.
A Prefeitura Municipal divulgou edital, em jornal impresso e no site oficial do Município, com uma relação de nomes com o objetivo de notificar familiares, parentes ou interessados, que tenham pessoas sepultadas no Cemitério Municipal, para que compareçam junto a coordenação de cemitérios da Secretaria Municipal de Infraestrutura (SINFRA), num prazo máximo de 90 dias, para promover a regularização dos locais.
Os que não comparecerem no prazo fixado no edital e os que não regularizarem as sepulturas em abandono, o Município procederá com a regularização, retirando os restos mortais e armazenando-os em local próprio, denominado ossário.
Apenas as sepulturas cujos nomes foram divulgados no edital são objeto desta ação, as demais sepulturas permanecerão no estado em que se encontram.
A SINFRA salienta que os restos mortais são retirados dos túmulos e colocados em gavetas, no ossário, não são jogados fora e sim armazenados em local apropriado.
A medida está devidamente regulamentada, prevista na Lei Municipal Nº 1.434, de 04 de junho de 1998.
Para acessar a lista clique no link a seguir:
https://tangaradaserra.mt.gov.br/site/wp-content/uploads/2021/02/edital-de-comunicacao-e-chamamento-publico-01-2021.pdf
Luiz Marcos Nogueira de Oliveira/Coordenador do Cemitério Municipal